quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A CARA DE GENTE - BAPTISTA-BASTOS


O LIVRO
A Cara de Gente
Armando Baptista-Bastos reuniu algumas crónicas publicadas nos últimos 15 anos e constituiu A Cara de Gente
"A crónica só existe se for publicada num jornal ou numa revista e estas minhas crónicas são do sentimento da rua, da grandeza das pessoas e dos bairros e da sua importância, porque ainda há bairros, numa demonstração de decência e integridade", disse o escritor e jornalista à Lusa.
"Hoje - acrescentou - há uma certa confusão entre o artigo alargado, o comentário político e crónica propriamente dita no esteio da velha tradição portuguesa que no século XIX se chamava folhetim".
A cara da gente reúne 60 crónicas cujos títulos remetem frequentemente para Lisboa: "Abonação da rua dos Fanqueiros", "Falando da calçada", ou "Um cravo para Neves de Sousa".
O livro, editado pela Oficina do Livro, será apresentado por Duarte Lima, ex-líder parlamentar do PSD, de quem Baptista-Bastos é "grande amigo", apesar de pertencerem a "famílias distantes".
"Somos grandes amigos e encontramo-nos onde as pessoas se encontram, na cultura. Descobrimos que lemos os mesmos autores, tipo de música etc. Por outro lado, ambos descendemos de famílias pobres", explicou o autor.
Referindo-se ao amigo, Baptista-Bastos afirmou que Duarte Lima "é um homem que lê atentamente, sabe discernir e divide o vago do que é significativo".
O AUTOR
Armando Baptista Bastos Baptista-Bastos nasceu em Lisboa em 27 de Fevereiro de 1934. Aos dezanove anos, no O Século, inicia uma intensa e aplaudida carreira de jornalista, mudando-se mais tarde para o Diário Popular, onde permaneceu vinte e três anos. Escreveu nos mais prestigiados jornais e revistas, colaborou em inúmeros programas de rádio e na televisão conduziu o programa "Conversas Secretas".
Baptista-Bastos, é autor de mais de duas dezenas de livros.
Recebeu já o Grande Prémio da Crítica, o Grande Prémio da Crónica da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Pen Club e o Prémio da Crónica João Carreira Bom.
Considerado um dos mais consagrados retratistas do tempo que passa, Baptista-Bastos é dotado de um raro domínio da palavra, conhece na perfeição o peso exacto da palavra e vai fixando na imprensa a fugacidade dos dias.
Numa linguagem deslumbrante, o autor escreve sobre a descoberta do amor, conta histórias de pais e filhos, sente o coração apressado com a descoberta do primeiro beijo, recupera o afecto dos velhos amigos, não renega a saudade da cidade que mudou de rosto mas que é, ainda, a sua casa.
O resultado são estes textos, jornalísticos mas criados com alma de escritor, que analisam o quotidiano, debatem grandes temas, inventam cidades e evocam amigos com um encantamento que convida o leitor a sonhar e a reencontrar a felicidade em cada gesto.

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